Rio terá mais 2,4 mil militares na Copa.


03 Mai 2014

Plano de contingência prevê uso de até 21 mil homens, em caso de necessidade

Antônio Werneck


O Ministério da Defesa deverá anunciar, na próxima semana, o envio de mais 2.480 militares das Forças Armadas para o Rio, além dos cerca de 2.450 que estão mobilizados na pacificação da Maré. O objetivo é que a tropa atue durante a Copa do Mundo. Exército, Marinha e Aeronáutica devem reforçar a segurança, cuidando do deslocamento das delegações, da vigilância de hotéis na Zona Sul, da escolta de autoridades, do espaço aéreo e do policiamento marítimo na costa carioca. O trabalho será feito, em parte, com policiais federais que também devem desembarcar no Rio para trabalhar durante o evento.
Os militares serão responsáveis ainda pela vigilância de instalações estratégicas, como refinarias, sistemas de comunicação e de fornecimento de energia. A União informou ao governo do Rio que poderá, se houver necessidade, mandar mais gente. Os militares monitoram também movimentos grevistas, criminosos e grupos que planejam realizar manifestações.
Em caso de colapso na segurança pública durante o período da Copa, o governo federal já tem pronto um plano para substituir as polícias usando até 21 mil militares das Forças Armadas. A medida leva em conta ameaças de greves de policiais federais, civis e militares programadas para acontecer durante o evento esportivo e ataques do crime organizado. Nas análises de risco feitas pelos responsáveis pela segurança, o Rio preocupa mais que São Paulo.
O número de militares que ficarão aquartelados é 50% maior do que o mobilizado no ano passado durante a Copa das Confederações, evento usado como teste pelos responsáveis pela segurança dos jogos da Copa. Na ocasião, 14 mil homens de Exército, Marinha e Aeronáutica ficarão de prontidão nos quartéis. O aumento dos riscos na Copa elevou a preocupação e fez o governo optar pelo aumento do efetivo.
Os militares foram treinados para atuar como polícia judiciária e ostensiva, substituindo as forças estaduais no controle do patrulhamento das ruas. Nessa hipótese, ganhariam até o poder de prender suspeitos. Parte da tropa foi da Força de Paz no Haiti e atuou na ocupação dos complexos da Penha e do Alemão.
Ataques de traficantes e protestos marcados pelas redes sociais para a Copa elevaram o nível de preocupação da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e fizeram as Forças Armadas multiplicarem o efetivo de militares que farão a segurança do evento. Em Brasília, a Abin revelou preocupação com a segurança e com manifestações que possam atrapalhar a locomoção dos que querem participar do evento.

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