Passagem de comando Militar no Sul .

1 de maio de 2014


1964: Exército foi instrumento da vontade da Nação, diz general

Exército foi instrumento da vontade da nação em 64, diz novo Comandante Militar do Sul
Novo comandante do CMS, general Antônio Mourão, em recepção à tropa  (Foto André Ávila/ CP/Divulgação/A Razão)
Novo comandante do CMS, general Antônio Mourão, em desfile da tropa (Foto André Ávila/ CP/Divulgação/A Razão)
O Comando Militar do Sul passou, nessa segunda-feira, por uma troca de comandante, levando ao posto o general de Exército Antônio Hamilton Martins Mourão, que vai responder por um efetivo de cerca de 50 mil militares, o que representa um quarto do efetivo nacional. Questionado sobre as recentes demandas de parte da sociedade civil para que as Forças Militares se retratem pelos crimes cometidos durante a ditadura iniciada em 1964, Mourão afirmou desconhecer quaisquer abusos praticados pelos militares. O general ainda afirmou que o Exército foi instrumento da vontade da nação.
- "A única coisa que eu posso lhe dizer é que isso é um fato histórico e como tal deve ser analisado com a devida isenção. E hoje em dia estão vivos muitos dos atores que não analisam com isenção. Precisa de mais 50 anos para isso. O Exército foi instrumento da vontade da nação (no golpe de 1964). Abusos eu desconheço", afirmou Mourão, que até então vinha ocupando o posto de Vice-Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército, no Rio de Janeiro.
Sobre o trabalho do Exército para proteger as fronteiras do País, o general falou que há boa distribuição espacial do efetivo na região. Apesar disso, o general Mourão destacou as dificuldades de controlar os mais de 16 mil quilômetros de fronteira.
- Apesar de não ser uma missão precípua do Exército controlar as fronteiras, nós temos uma distribuição espacial muito boa no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina procurando atender as principais vias de acesso. Agora é óbvio que, fronteira como o Brasil tem, de 16 mil quilômetros, é impossível de guarnecer homem a homem, apontou.
Cerca de dois mil militares de diversas partes do Estado participaram da cerimônia de troca de comando, dos quais ao menos dez desmaiaram enquanto permaneciam perfilados e imóveis, acompanhando os discursos oficiais.
Mourão iniciou vida militar em 1972. Foi instrutor da Academia Militar das Agulhas Negras (Resende - RJ) e integrou a Missão de Paz em Angola. O general também foi adido militar na Embaixada do Brasil na Venezuela. Mourão assumiu o posto que era ocupado pelo general do Exército Carlos Bolivar Goellner.

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